terça-feira, junho 29, 2010

Gestar II -2009

A professora e a Maleta

(Lygia Bojunga)

      A Professora era gorducha; a maleta também. A Professora era jovem; a maleta era velha, meio estragada.

      A Professora gostava de ver a classe contente. Mal entrava na sala e já ia contando uma coisa engraçada. Depois abria a maleta e escolhia o pacote do dia. Tinha pacotes pequenininhos, médios, grandes tinha pacote embrulhado em papel de seda, metido em saquinho de plástico, tinha pacote de tudo quanto é cor. Não era à toa que a maleta ficava gorda daquele jeito!

      Só pela cor do pacote as crianças já sabiam o que ia acontecer: pacote azul era dia de inventar brincadeiras de juntar menina e menino; não ficava mais valendo aquela história mofada de menino só brincar disso, menina só brinca daquilo, meninos do lado de cá, meninas do lado lá. Pacote cor-de-rosa era dia de aprender a cozinhar. A Professora remexia no pacote, entrava e saia da classe e, de repente pronto!     Mostrava um fogão com botijãozinho de gás e tudo. Era um tal de experimentar receita que só vendo. Um dia a diretora da escola entrou na sala, justo na hora que o Alexandre estava ensinando outro garoto a fazer bolinhos de trigo. Uma fumaceira medonha na sala de aula! Todas as crianças em volta do fogão palpitando: falta sal, bota pimenta, bota um pouquinho de salsa. A diretora sabia que estava na hora da aula de matemática. Que matemática era aquela que a Professora estava inventando? Não gostou da invenção, mas saiu sem dizer nada.

      Pacote vermelho era de viajar: saía retrato do mundo inteiro lá de dentro do pacote. Espalhavam aquilo tudo pela classe; enfileiravam as carteiras para fingir de avião e de trem. Quando chegavam aos retratos, um ia contando para o outro tudo o que sabia sobre aquele lugar.

     Tinha um pacote cor de burro quando foge que a Professora nunca chegou a abrir! Todo dia ela botava o pacote em cima da mesa. Mas na hora de abrir, ficava pensando se abria ou não e acabava guardando o pacote de novo.

      Pacote verde era dia de aprender a pregar botão, botar fecho, fazer bainha na calça e na saia. Se o verde era bem forte, era dia de aprender a cortar a unha e cabelo. Verde bem clarinho era dia de consertar e limpar os sapatos. E tinha ainda um verde, que não era forte nem claro: era um amarelo que as crianças adoravam. Era dia da Professora abrir o pacote de história. Cada história ótima!

      Tinha um pacote branco, que só servia para a professora esconder e para a turma brincar de achar.     Quem achava ia para o quadro negro dar aula. No princípio ninguém procurava direito. Coisa mais chata dar aula! E aula de quê?

      _ Conta a tua vida. Mostra o que você sabe fazer.

      Com o tempo, a turma deu para procurar direito o pacote. Era muito engraçada a tal aula!

      No dia em que o Alexandre achou o pacote, resolveu contar para a turma como é que ele vendia amendoim na praia. No melhor da aula, um grupo de pais de alunos que visitando a escola entrou na sala. Quando a aula acabou um deles perguntou a Professora: − A senhora está querendo ensinar meu filho a ganhar a vida vendendo amendoim? A Professora explicou que Alexandre só estava contando para os colegas como era o trabalho dele, para todos ficarem sabendo como é que ele vivia.

      No outro dia saiu fofoca: contaram para o Alexandre que tinha um pessoal que não estava gostando da maleta da Professora.

      _ Que pessoal?

      Um disse que era a diretora, outro disse que era uma outra professora, outro disse que outro falou, mas ninguém ficou sabendo direito!

      Uns dias depois choveu muito! Chuva grossa. Encheu a rua, o tráfego da cidade parou, casa desmoronou. Coisa a beça aconteceu. E quase ninguém foi à Escola. Mas Alexandre foi.

      Entrou na classe e viu tudo vazio. Chovia demais para voltar para casa. Resolveu sentar e esperar. Lá pelas tantas a Professora chegou. Mas chegou sem a maleta. E com jeito diferente, uma cara meio inchada, não contou coisa engraçada, não riu nem nada. Sentou e ficou olhando para o chão. Alexandre achou que ela nem tinha visto ele.

      _ Oi!

      Ela também disse oi! Mas continuou quieta. Depois de algum tempo, Alexandre cansou de tanto ninguém dizer nada e falou:

      _ A chuva molhou sua cara?

      A professora nem se mexeu. Ele perguntou:

      _ Foi a chuva?

      Ela fez que sim com a cabeça. Alexandre resolveu esperar mais um pouco. Mas pelo jeito a Professora tinha esquecido de dar aula. Será que era porque ela não tinha trazido a maleta? Arriscou:

      _ Cadê a maleta?

      A Professora olhou para ele sem saber muito bem o que dizer. Ele insistiu:

      _ Heim? Cadê?

      _ Perdi
 
      Ele se apavorou:

      _ Com tudo que tinha dentro?
 
      _ É

      _ Os pacotes todos?

      _ É

      _ O azul, o verde, o...

      _ É... É... É!

      Puxa que susto! Ela nunca tinha falado alto assim. Não perguntou mais nada. O coração ficou batendo, batendo, mas ela continuava sempre quieta até que ele não se aguentou e perguntou de novo:

      _ E agora? Como é que vai dar aula sem maleta?

      _ Não sei.
  
      _ Dá jeito de você comprar os pacotes de novo?
 
      _ Não.
 
      _ Por quê?

      Ela não disse nada.

      _ Responde... Por quê?

      _ Eles vêm junto com a maleta? Não vendem separados?
 
      _ Mas então compra outra maleta. Pronto.

      Ela ficou quieta de novo. E o tempo ia passando e ela continuava sempre quieta! A cara dela não secava nunca e não chovia lá dentro. Cada vez molhava mais! Então ele acabou pedindo:

      _ Compra, sim?
 
      _ Não dá Alexandre, eles não estão mais fabricando essas maletas hoje em dia.

      E aí... ele não perguntou mais nada. Ela também não falou mais. Até que a campainha tocou e a aula acabou.


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sábado, junho 12, 2010

domingo, junho 06, 2010

Uma Palavra

      Sou agraciada todos os dias pelos devocionais da ICMV através da querida professora Aya. E, este recebido em 27/05/2010, não poderia deixar de compartilhar postando no  blog,  porque acredito ser  a grande preocupação de todos os que estão empenhados no processo de educação, tanto formal como informal.


Por que a Bíblia orienta a usar a vara na correção dos filhos?‏




Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. (Pitágoras)




        O Congresso Nacional discute um projeto que proíbe a aplicação de castigos físicos, moderados ou não, nos filhos, mesmo que a punição tenha caráter pedagógico. E os pais que desobedecerem a lei podem ser obrigados a fazer tratamento psicológico ou psiquiátrico, junto com as crianças. Atualmente, esse tema tem sido bastante discutido em várias rodas, mas o que diz a Bíblia sobre isso?

       A Palavra de Deus é manual de conduta em todas as áreas e nela devemos buscar conselho. A Bíblia, reiteradas vezes, enfatiza a importância da disciplina. E todos sabem que quanto mais jovens, mais fácil é aprender a disciplina. Crianças que não recebem disciplina crescem rebeldes, sem respeito à autoridade, e consequentemente, não estarão dispostas a prontamente obedecer e seguir a Deus. A vara da correção é citada na Bíblia, não só de forma metafórica, mas também como instrumento fisco de correção. Não de castigo, é preciso deixar bem claro. Deus usa a disciplina para nos corrigir e nos conduzir ao caminho certo e para encorajar o arrependimento por nossos atos. Em várias passagens, a Bíblia ensina: “Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno.” A vara é uma haste flexível e por isso mesmo nos impede de colocar força exagerada, quando a usamos para a correção. Se, ao usá-la, os pais exagerem na força, e usarem a vara de forma errada ela pode se quebrar. Isso de certa forma protege a criança. Por isso, certamente, a Bíblia não diz para usar o braço, mas a vara da disciplina. Disciplina causa sofrimento e envolve dor, pois se quisermos alcançar as virtudes temos mesmo que mortificar muitos de nossos impulsos e desejos. Sentimos quando somos disciplinados, mas essa dor é passageira e não causa danos, ao contrário da dor que pode advir da falta de correção.

       Somos testemunhas das nefastas conseqüências de uma geração de pais que não usou a vara da disciplina na educação de seus filhos: infelicidade, procura desenfreada pelo prazer levando até a morte, dentre outros males. Pais que amam criam seus filhos de acordo com as orientações da Palavra de Deus. E se usam a vara para corrigir seus filhos com amor, estão seguindo orientações bíblicas e colherão os seus benefícios como escrito em Provérbios 29:17 “Discipline seu filho, e este lhe dará paz, trará grande prazer a sua alma.”

Postado por ICMV no ATALAIA em 5/27/2010 10:55:00 AM

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domingo, maio 16, 2010

Palavra para edificação

Versiculos - Graphics, Graficos e Glitters Para Orkut





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domingo, maio 09, 2010



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terça-feira, maio 04, 2010

E foi assim que aconteceu ...

A equipe de Formação Continuada realiza oficina de Língua Portuguesa com professores da Rede Estadual de Ensino


“Contra fatos não há argumentos”

Um dos temas tratado na oficina de Língua Portuguesa no dia 27/04/2010 (terça-feira) do Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar (Gestar II), na REN/Seduc/Jaru, ministrado pela formadora, professora Ana Raquel dos Santos, foi “argumentação e linguagem” no processo de comunicação.

Mesmo não sendo intencional, sempre que estabelecemos uma relação de comunicação, implicitamente, agimos sobre nossos pares e sobre o mundo. A nossa existência é moldada pela capacidade de agir pela linguagem e é desta forma que constituímo-nos seres humanos e organizamos o saber, a vida.

Somos ao mesmo tempo, origem e produto da linguagem, origem e produto da história que nos leva a construir formas de comunicação e de atuação especificas. Todo uso da linguagem leva a uma interação com o outro, uma relação de fazer social; processo sempre em movimento. Marcamos nossa presença no mundo e nas vidas das pessoas, pelo exercício da linguagem engajada por propósitos e finalidades.


A todo instante, buscamos fazer algo para impressionar, buscar reações e convencer; procedimento argumentativo de linguagem em seu mais amplo sentido. Comunicar e agir sobre o outro, é, argumentar esperando que compreenda, aceite, creia e faça o que se propõe. Não é só o fazer saber, mas um fazer crer e um fazer; fazer, aceitação que depende de fatores como: emoções, sentimentos, valores, ideologia, visão de mundo, convicções políticas, etc.


Na oficina, muitos professores da área estavam presentes, buscando a atualização de saberes, valorização profissional e a melhoria do processo ensino/aprendizagem. A dinâmica apresentada motivou a participação dos cursistas , tanto que a maioria lamentou a ausência de alguns colegas.

Vejam alguns depoimentos:
“Que atividades interessantes foram desenvolvidas neste encontro! Estas serão excelentes idéias de trabalho que poderão ser desenvolvidas em nossas salas de aula”.

“As atividades realizadas na oficina de hoje (27/04) nos permite trabalhar de uma forma mais criativa e prazerosa com os nossos alunos, contribuindo para o crescimento individual e coletivo”.

“Que bom podermos nos encontrar! A cada oficina entendo a importância do Gestar para a minha vida. Compartilhar experiências e renovar os conceitos motiva e me faz sentir menos só com os meus sonhos enquanto mestre”. Entre outros...

A próxima oficina será realizada no dia 11/05 e esperamos a presença de todos os cursistas. E, desejando conhecer mais sobre o Programa de Formação Continuada acesse o blog “Nossa Língua Portuguesa” no endereço: http://gestar2lpjaru.blogspot.com/







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quinta-feira, fevereiro 11, 2010



Encorajamento e motivação


A diferença entre o razoável e o bom,
é um pequeno esforço extra.
Somos o que fazemos repetidamente.
Por isso o mérito não está na ação
e sim no hábito

Conhece os teus limites, mas nunca os aceites

Você nunca sabe que resultados virão da sua ação.
Mas se você não fizer nada, não existirão resultados

O êxito na vida não se mede pelo que você conquistou,
mas sim pelas dificuldades que superou no caminho

O fracasso é a oportunidade de
começar tudo de novo – inteligentemente
         (extraídas da internet - desconheço o autor)





Frases curtas

Consulte não a seus medos, mas a suas esperanças e sonhos.
Pense não sobre suas frustrações, mas sobre seu
potencial não usado.

Preocupe-se não com o que você tentou e falhou,
mas com aquilo que
ainda é possível a você fazer.

Quem deseja fazer algo, encontra um meio.
Quem não deseja fazer nada, encontra uma desculpa

Todos os dias deveríamos fazer um pouco mais do que o necessário.
As pessoas dizem frequentemente que a motivação não dura.
Bem, nem o banho - e é por isso que
ele é recomendado diariamente
 

Um vencedor nunca desiste, e quem desiste
 nunca é vencedor.
   (extraídas da internet - não conheço o autor)

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