quarta-feira, junho 17, 2009

Relatório de atividades de Língua Portuguesa

          O trabalho no Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II de Língua Portuguesa na rede Estadual de Jaru/Rondônia, iniciou assim que retornamos da capacitação realizada em Porto Velho/RO. Como em alguns municípios de Rondônia o Gestar II já havia trabalhado o Módulo I, Jaru não foi diferente. A primeira turma já estava esperando pelo Módulo II e uma segunda turma, inscrita para o início do programa. 

          Portanto, não houve uma programação de abertura e apresentação do programa, uma vez que já realizamos esse momento em outra oportunidade. Solenidade que contou com a presença da Coordenação do Gestar de PVH/RO, Profª. Sonja Andrade, acompanhada de outros profissionais da Seduc que fazem parte de outras coordenações, das quais o Gestar está inserido. E, nesse dia, com todas as escolas representadas pelos profissionais de educação que eram o alvo do programa, fez-se um grande evento que encerrou com um coquetel, oferecido pela Profª. Regina Jacaúna de Mendonça, Representante de Ensino da REN/Jaru nessa ocasião. Seguindo o cronograma do plano de ação dos Programas de Formação Continuada para o exercício em 2009, no dia 29 de abril reiniciaram as oficinas presenciais com a 1ª turma (2007/2009).

          Nesse dia, os cursistas receberam o novo Kit do Gestar II, agora completo e atualizado, e realizamos um trabalho com a unidade 5 do Guia Geral que apresenta os Procedimentos para a Utilização dos Cadernos de Atividades de Apoio à Aprendizagem do Aluno (AAAs). Apresentamos aos cursitas uma mensagem em slides “A escola não ensina”que demonstra que a política que busca facilitar a vida do aluno, não o prepara para enfrentar o mundo fora da escola. Na verdade, não o prepara para a vida, mas deixa claro que essa responsabilidade é da escola e também da família, que tem fugido da responsabilidade de educar.

          Com essa turma, não seguimos as orientações da última capacitação, pois já realizamos os estudos dos três primeiros Cadernos de Teoria e Prática (CTPs), portanto, as orientações voltaram-se para o CTP 04. Encerrando a oficina apresentamos mais uma mensagem “A casa queimada” que leva à reflexão de que Deus usa até as adversidades da vida para estender sua mão e ajudar-nos, portanto não podemos deixar de agradecê-Lo mesmo em momentos difíceis.

          Nove de maio. Dia escolhido para o encontro presencial com a nova turma (2009/2010). Realizamos a oficina e como a data coincidiu com a véspera do “Dia das Mães,” o número de cursistas foi bem reduzido. Algumas escolas estavam homenageando as mães de seus alunos. Após as palavras de boas vindas, apresentamos a mensagem “O Principal na vida...” levando a reflexão de que, na correria e ganância própria do ser humano, esquecemos o principal que são os valores espirituais, a oração, a vigilância, a família, os amigos, a vida!!! Em seguida, entregamos os Kits aos cursistas, realizamos o estudo do Guia Geral e orientamos o estudo do Caderno de Teoria e Prática 03.

           Fizemos uma explanação sobre o conteúdo das Unidades 09 e 10 e das atividades que deveriam realizar até a próxima oficina. Orientamos que as atividades devem ser registradas em relatórios para ser entregue ao formador, nesse caso formadora, e sempre que possível, registrar o trabalho com os alunos através de fotos ou vídeos e sempre selecionar alguns trabalhos dos alunos para anexar ao relatório que fará parte do portfólio do cursista. Para encerrar apresentamos a mensagem “As mãos da minha mãe” homenageando as mães presentes na oficina.

          E, para os cursistas ausentes marcamos outra oficina para o dia 15 de maio e procedemos da mesma forma, com algumas exceções. O novo encontro com a 1ª turma (2007/2009), aconteceu no19 de maio. A mensagem inicial foi “Casa abençoada” mostrando que todos têm um motivo para lutar e que o procedimento de cada um é muito importante, pois de acordo com ele, tem-se ou não um lar aqui na terra, onde o convidado, JESUS, fará dele um pedacinho do céu. 

          Dando continuidade retomamos os conteúdos das unidades estudadas reforçando os temas trabalhados, discutindo e sanando dúvidas surgidas, passando para os relatos do “Avançando na Prática”. Nos relatos dos cursistas, observamos que tanto eles como os alunos, empolgam-se com esse momento de trabalho em sala de aula.

          Em grupo, os cursistas realizaram a parte prática, elaboração de um plano de aula, que após, socializado entre os grupos, encerramos com as orientações para o próximo encontro. 27 de maio. Oficina. Com quem? A nova Turma. Como o tema que permeia as unidades do Caderno é o trabalho, a mensagem inicial intitulava-se “Trabalho e Consciência ” como ponto de partida para a retomada do conteúdo das unidades estudadas.

          A mensagem narra a história de dois pássaros: um o joão-de-barro que não se importando com os predadores, as intempéries, constroi seu ninho com esmero, sem preguiça, com dedicação; o outro, o chupim, em que a fêmea, invade o ninho de outras aves, pondo fora os ovos encontrados coloca os próprios ovos, que a outra ave, sem perceber choca os ovos da invasora e torna-se a mãe adotiva dos filhos da fêmea do chupim. Duas aves: uma possui a arte de trabalhar e a outra, a de enganar, de roubar, de matar. Assim, no reino humano encontramos homens que trabalham, com dedicação, seriedade, honestidade, honradez; outros vivem do trabalho alheio e são hábeis na arte de enganar.

          Durante a retomada, analisamos vários gêneros textuais com o tema trabalho, bem como as adequações de uso conforme as situações sócio-comunicativas. E, que não há limites para o uso de um tema na construção dos gêneros textuais, que pode ir do simples ao complexo, do poético ao científico, das modalidades orais ao literário indefinidamente e para classificá-los devemos considerar a finalidade para qual o texto é construído. Os professores/cursistas relataram as atividades realizadas com os alunos, o Avançando na Prática.

          Observamos, de acordo com os depoimentos, que estão bem envolvidos com o trabalho e que gostaram do enfoque dado aos assuntos e a maneira como os conteúdos são tratados pelos cadernos. Certificamos que o programa foi bem aceito, não só pelos cursistas, mas também pelos alunos e não podemos desconsiderar que para o estudo e execução das atividades enfrentam dificuldades diversas, até mesmo para se fazerem presentes nas oficinas, encontrando alguns empecilhos que preferimos não detalhar.

          Não chegamos ao final da oficina, pois o horário estava muito avançado, considerando que os cursistas ainda teriam aula naquele dia. Portanto, combinamos que na próxima oficina, retomaremos a atividade sugerida pelo Caderno de Teoria e Prática, ou seja, um planejamento com atividades de leitura, interpretação e produção de texto. E após, a Profª Valéria Cristina Pinheiro Lage, coordenadora e formadora do gestar, realizará uma oficina com o tema “Identidade profissional”, objetivando incentivar os estudos de Formação Continuada dos professores/cursistas e também o trabalho que realizam como educadores.

           Desta forma terminamos o nosso relato e como Samuel, declaramos:
                    Ebenézer: Até aqui nos ajudou o Senhor. I Sam.7: 12.

Jaru, 17 de junho de 2009.

Ana Raquel dos Santos
Formadora de Língua Portuguesa
Gestar II


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1ª Oficina de Língua Portuguesa - Gestar II - 2ª turma (2009/2010) Estudo do Guia Geral - 09/05/2009



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Oficina de Língua Portuguesa-Gestar II- 1ª Turma (2007/2009) -Em 19/05/2009



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2ª Oficina de Língua Portuguesa - Gestar II - 2ª turma (2009/2010) TP 03 Und. 09 e 10 - Em 27/05/2009



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Meu perfil completo/biografia


        Ana Raquel dos Santos Sexo: Feminino Atividade: Ensino Profissão: Professora Local: Jaru Rondônia Brasil Quem sou eu Nascida em Campina da Lagoa estado do Paraná, mas rondoniense de coração, onde moro desde 1983. Professora como profissão, mas educadora por opção. Sonho com uma Educação levada a sério, com qualidade. E, é nesta esperança que aceitei o convite para a função de formadora do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar.

        Sou licenciada em Letras pela Universidade Federal de Rondônia - UNIR, na qual também fiz pós-graduação em Gestão Escolar. Cursei pós- graduação em Língua Portuguesa na F.C.L."Plínio Augusto Amaral" em Amparo/SP e Docência do Ensino Superior pela UFRJ - Rio de Janeiro/RJ. Sou Cristã Evangélica e creio em um Deus Supremo e Poderoso que não dorme e está sempre atento, cuidando, guiando e amparando àqueles que o servem de todo coração, em espírito e verdade, compromissados com Cristo, único caminho para a salvação. Há pouco deparei com uma frase de Júlio Dantas: “O que é difícil não é escrever muito: é dizer tudo escrevendo pouco” e complementa afirmando que a concisão e a brevidade são virtudes gregas.
         
       Longe estou de possuir tais virtudes, porém pouco mais do que já foi dito pode ser acrescentado. Restando-me complementar que sou filha de Manuel Fernandes Sobrinho, natural da Bahia, e Eponina dos Santos Machado Fernandes, natural de São Paulo. Sou a mais velha de seis irmãos. Tenho dois filhos: Sergio Ivan e Gisele, ambos casados. O apoio da minha família na criação dos meus filhos foi imprescindível, pois eles ainda eram crianças quando fiquei sozinha na tarefa de educá-los. Faço o que gosto e gosto do que faço. Apesar das desventuras encontradas pelo caminho que escolhi, ou para o qual fui escolhida não me arrependo de segui-lo.
 
       Não me sinto realizada, tenho muito a conquistar. E como Fernando Pessoa, digo: “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. Pois tenho em mim todos os sonhos do mundo.” E ainda, “Dos sonhos ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonho em que estamos despertos. E, é isso!!!! Sonhar... Sonhar... Sonhar... Sonhar com novas soluções. Sonhar em levar esperança. Sonhar com novas possibilidades. Sonhar em dissolver os conflitos. Sonhar consolar o aflito. Sonhar cultivando a fé. Sonhar distribuindo afeto. Sonhar com dias melhores. Sonhar que ainda tem jeito. Sonhar compartilhando. Sonhar, sonhar e sonhar e ensinar a sonhar, sem no entanto, deixar as responsabilidades. E, como “Pessoa” “Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo.”

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Ana Raquel dos Santos


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terça-feira, junho 16, 2009



MEMORIAL DE LEITURA



Descobri que a leitura é uma forma servil de sonhar. Se
tenho de sonhar porque próprios meus sonhos?
                                  Fernando Pessoa


         Situar-me no mundo da leitura e precisar exatamente como e quando ocorreu esse momento em minha vida é impossível pontuar. Não fui à pré-escola. Não, nesse tempo não havia, pelo menos na cidade em que nasci, que mais parecia a “Cidadezinha qualquer” de Carlos Drummond de Andrade.

         Minha primeira escola era quase que rural e a professora, a tia Soledade. Não era tia porque era professora, e sim de verdade. De sangue e de coração. Lembro-me do primeiro dia de aula. Escreveu a vogal “a” repetidas vezes na primeira linha do caderno para que eu fizesse o mesmo até onde marcara. Sentei-me e tentei desenhar a letra, mas não tive êxito, ela ficou virada que deixou - me muito perturbada e encobri com a mão. Foi constrangedor, pois era muito tímida. Não lembro como sai dessa situação, mas o certo é que aprendi ler sem muita dificuldade.

          Lá só estudava a 1ª Série. O exame final já tinha que ser feito em outra escola, o Grupo Escolar, onde os aprovados fariam as séries seguintes, ou melhor até a 4ª. Assim, dava-se por encerrada nossa vida escolar. Pois, só bem mais tarde, foi implantado o “Curso Ginasial” e algum tempo depois o “Curso Secundário”.

         Opções de leitura, zero. E, o livro didático era difícil. Para consegui-lo, alguém do comércio local pedia uma remessa e revendia, mas também eram escassos e nem sempre os encontravam. Quase tudo era passado no quadro-negro pela professora e quase nos acabávamos de tanto escrever. Algumas vezes ditava o conteúdo e o esforço era maior, pois era preciso acompanhar o tempo da professora, caso contrário, ficava sem a matéria.

       Vivi um bom período da minha infância com meus avós, porque nasci na casa deles e mesmo depois que meus pais construíram casa, fiquei com meus avós. Esse é um dado importante porque minha avó gostava de contar histórias, e isso fazia com prazer e sabedoria, todas as noites. Reprisava as histórias tantas vezes quanto, solicitadas. Não enjoávamos de ouvi-la sempre, sempre.

       A atitude da minha avó colaborou muito porque despertou o gosto pelas histórias, que na verdade suscitou o gosto pela leitura, pois onde mais encontraria novas histórias senão nos livros? E para conhecê-las, precisava lê-los.

        Desejo que só pude realizá-lo bem mais tarde, quando recomecei meus estudos e já estava casada e com filhos. Se bem que na adolescência li (escondido) alguns romances e fotonovelas, estas estavam no auge naquela época e desapareceu com o tempo.

        A oportunidade chegou mesmo, na faculdade. Foi neste período que conheci Maria Antonieta, Ângela Kleimmam, Ezequiel Teodoro, Ruth Rocha, Lygia Bojunga, Wanderlei Geraldi, entre outros tantos que dividiram comigo seus conhecimentos e suas experiências.

       Ajudaram-me crescer, possibilitando descobrir o novo, reformular conceitos, renovar conhecimentos, ver o mundo de forma diferente, abrir horizontes, acreditar que unindo forças é possível melhorar o mundo. Que não é crime ousar criando novas perspectivas de vida e de um mundo mais humano. Valorizando mais o que somos e menos o que temos.

       Dessa forma, pode até não ser intencional, mas todos passaram fazer parte da minha vida. E, é a eles que ainda recorro quando surge questionamentos em relação ao trabalho que realizo como educadora. Se bem que, para isso, também conto com a ajuda de pessoas que me cercam e lutam pelo mesmo ideal e estão sempre dispostas a colaborar e dividir conhecimentos.

       Na verdade não sei muito bem qual o significado da leitura em minha vida, o que realmente sei é que não fico muito tempo longe dela. É como fosse a extensão das necessidades vitais. Vale dizer que entre os livros que mais leio está a bíblia, nela encontro respostas para as mais variadas questões enfrentadas no cotidiano e é dela que retiro o alimento para o espírito e o refúgio nos momentos de adversidade.

12 Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.


13 E apliquei o meu coração a esquadrinhar,
e a informar-me com sabedoria de tudo
quanto sucede debaixo do céu; esta
 enfadonha ocupação deu Deus aos
filhos dos homens, para nela
os exercitar.


14 Atentei para todas as obras que se fazem
debaixo do sol, e eis que tudo era
vaidade e aflição de espírito.


15 Aquilo que é torto não se pode
endireitar; aquilo que falta
não se pode calcular.


16 Falei eu com o meu coração, dizendo:Eis que eu me
 engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os
que houve antes de mim em Jerusalém;e o meu
 coração contemplou abundantemente
a sabedoria e o conhecimento.


17 E apliquei o meu coração a conhecer
 a sabedoria e a conhecer os desvarios
e as loucuras, e vim a saber que
também isto era aflição
 de espírito.


18 Porque na muita sabedoria
 muito enfado; e o que aumenta
e conhecimento, aumenta
em dor.


Eclesiastes 1: 12-18
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segunda-feira, junho 15, 2009

sábado, junho 13, 2009

Relatório de Capacitação


Porto velho de 30/03/2009 a 03/04 2009-08-09


1ª Semana

          O encontro de formadores do Gestar II do estado de Rondônia, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática para o ensino fundamental de 6º ao 9º ano, sediado na capital do estado, Porto Velho, aconteceu de 30/03/2009 a 03/04/2009. O cerimonial de abertura contou com a presença de autoridades e representantes do Ministério do Educação, MEC, e da Secretaria Estadual de Educação, que na oportunidade, além das apresentações de praxe, suas considerações sobre o êxito esperado do programa, a necessidade de mudança no processo de ensino aprendizagem e votos de boa estadia e aproveitamento do curso, foi-nos apresentados os professores que ministrariam o curso e uma breve explanação sobre o mesmo e dirigimo-nos para as salas de aula já com os kits do material que usaríamos.

          A nossa turma teve o privilégio de receber a professora Ormezinda Maria Ribeiro – Aya - para repassar a proposta do Gestar II, que em suas palavras iniciais enfatizou que o curso preza a autonomia do professor que deve adequá-lo às suas necessidades na prática da sala de aula. Reforçou a idéia de que hoje se pensa em uma escola com perguntas e quanto mais dúvidas melhor, pois essa é a mola mestra que impulsiona o professor na busca de soluções.

          Sobre a formação do Gestar II, informou que é de competência da UNB com duração de 1 ano sendo: 96 horas presenciais divididos em 3 encontros e 204 horas não presenciais, presença mínima exigida 75% e entrega do portifólio.

          Instruídos para a realização dos nossos trabalhos, como cursistas e formadores, entregou-nos uma apostila preparada para a ocasião e pediu a leitura do texto 08 para produção de um texto, sugerindo para cada grupo formado um gênero textual. As alternativas e possibilidades de escritas permeavam entre os contextos; a venda ou a compra da casa, o tombamento, o roubo e/ou invasão. Dentro de cada proposta, os grupos produziram os textos que foram socializados. A atividade demonstrou que várias outras podem ser realizadas e que vários gêneros textual são criados dentro de uma só proposta.(Grupo: Luisa, Cláudia, Joelygia, Ana Raquel) (Não fiquei com uma cópia do texto. Espero que alquém do grupo poste-o)

          Apresentou à sala o texto Tango para que a construção de outros textos, mas antes foi analisado detalhadamente observando os aspectos semióticos, enredo passional, literário, gênero poético. Poesia moderna, verbos no gerúndio, personagens da trama:- moça decente, trabalhadora, recatada; - o moço (Zé) vaidoso e violento, caráter duvidoso; - o outro (Toninho) carinhoso, honesto e trabalhador. Triângulo amoroso que acaba em assassinato e prisão. Cada grupo deveria construir um texto semelhante, mas com ritmo diferente. Nosso grupo escolheu o ritmo “For all”  (Ver portifólio da Valéria).
(Grupo: Marise, Joelygia, Cláudia, Luisa, Valéria e Ana Raquel)

          Continuando os estudos dos cadernos, recebemos um novo texto poético: “A pesca” de Afonso Romano de Sant’Anna, cada grupo foi encarregado de produzir outro texto.Escolhemos o tipo narrativo em prosa para recontar a história que ficou assim:

A Pesca


Affonso Romano de Sant’Anna

          Sem nada a fazer, a procura de aproveitar o céu anil. Nicanor pegou e saiu à busca de silêncio e...peixes. Contando com o tempo a favor, mergulhar a agulha em uma perfeita vertical numa linha reta naquela água espumante do riacho.


          O tempo, seu coadjuvante na pescaria e o peixe ali escondido no silêncio da água foi rompido pela garganta ancorada no anzol, num perfeito arranco da puxada que Nicanor atinou rapidamente.


          Naquele momento em que o anzol abriu a chaga no peixe, rompeu-se o silêncio natural do ambiente.


          Estabanados, pescador e pescado na areia sentaram-se ao sol sem saber, agora, o que fazer. Comer ou arremeter?
(Grupo: Ana Raquel, Cláudia, Luíza, Míriam, Valéria)
           Na apresentação do grupo, foram analisados e discutidos as possibilidades de herogericidade (epígrafe – epílogo), heterogeneidade (bula), intertextualidade e outras que de certa forma determina o gênero textual; a exemplo do suporte .

          A professora especificou que a diferença entre monografias, dissertação e teses está na intensidade do conteúdo de cada uma, bem como, os mecanismos lingüísticos que são marcas, muitas vezes, construídas historicamente nas práticas sociais com características diversas.

          No domínio discursivo está o contexto e situações (cenário) para as práticas socioculturais, nas quais podemos identificar os gêneros textuais próprios ou específicos como rotinas comunicativas institucionalizadas e instauradoras de relação de poder (Marcuschi, 2008). Exemplificando tem-se a internet; o correio eletrônico – gênero e-mail que com anexo, torna-se o suporte.

          A professora falou sobre o sistema adotado para a avaliação e certificação dos participantes. O formador deverá apresentar até o final do curso um potfólio constando biografia do formador, memorial de leitura, relatório da semana presencial incluindo as atividades desenvolvidas, planejamento das oficinas realizadas com os cursistas com relatório e atividades significativas do avançando na prática aplicados aos alunos em sala de aula, circuito de leitura (comentários, sugestão de leitura, resenha de um dos textos indicados pela bibriografia) e auto-avaliação.

           Já no terceiro dia assistimos o filme Narradores de Javé, que proporcionou reflexões sobre o papel do escriba; relação entre oralidade e escrita, praticas de letramento daquela comunidade, relação entre alfabetizado e letrado no contexto do filme; e, quando fazemos o papel de escriba em sala de aula e a importância deste na construção da leitura e da escrita.

           A discussão levou a formulação de um planejamento, e é claro, tendo o filme como pretexto e contemplando os tópicos: Tema, Objetivo, série, carga horária, metodologia, recursos e fechamento.
TRABALHO EM GRUPO

PLANO DE AULA

Filme “Narradores de Javé”


1. Tema da aula:

Intextextualidade / Competência Linguística.



2. Objetivo:

Reconhecimento da oralidade;

Transpor a oralidade para a escrita em forma de narrativa.



3. Série:

9 ano



4. Carga Horária:

4 aulas



5.Metodologia:

-Assistir o filme;

- Questionamento a respeito do que os alunos acham do filme “Narradores de Javé” a partir do tema;

- Proporcionar aos alunos a audição de uma história da cultura local;

- Apresentação do filme;

- Pedir uma produção escrita do relato oral;

- Releitura do filme – O que chamou atenção/ anotações;

- Selecionar algumas questões contidas no roteiro para que os alunos redijam;



6. Recursos:

Filme “Narradores de Javé”



7. Fechamento/Produção

Retirar as questões e mostrar que as respostas estruturam um texto completo;

Desempenhar a função do personagem Antônio Rio para registro das histórias locais.

(Grupo: Cláudia Joelygia Luíza Valéria Miriam)
           Na socialização dos planejamentos, retomou as questões de alfabetização, letramento, analfabetismo que refletem a ação de ensinar/aprender, ler e escrever em estado ou condição de analfabetismo. Letramento – resultado da ação do uso do uso prática sociocomunicativa; estado ou condição de quem não sabe ler e escrever , mas cultiva e exerce as práticas sociais que exerce as práticas sociais que usam a escrita. O nível de letramento vai além do código.

           Na dimensão textual a unidade semântica e elementos coesivos promovem sua progressividade e nos permitem perceber o encadeamento das idéias e a temática do texto. Funções específicas de cada texto: propaganda (convencer), texto didático (ensinar), romance (contar uma história), piada (fazer rir), artigo de opinião (defender um ponto de vista), etc.. As informações infratextual ou de reconhecimento da situação são inferências que construímos no decorrer da leitura; a exemplo de: Ele Comprou uma BMW. Leva a pensar que é uma pessoa que tem dinheiro ou é rico.
ATIVIDADE EM GRUPO – PRODUÇÃO DE TEXTO

Texto 10 – TP5 Unidade 17

Texto de Paulo Mendes Campos

OS DIFERENTES ESTILOS
         Companheiros, companheiras!

          Isso é um absurdo! Não podemos aceitar que uma coisa assim possa acontecer. Um trabalhador brasileiro, vítima da luta, foi encontrado morto nesta madrugada. Esse homem não era loiro, nem tinha olhos azuis, mas tinha família.

          Isso não pode ficar assim!

          A luta continua, companheiros!
 (Grupo: Cláudia, Luíza, Valéria, Ana Raquel)

          No quarto dia trabalhamos com um texto intitulado “Minhas férias”. O assunto gerou muita discussão e depoimentos sobre o que ele provoca nas salas de aulas. O despreparo que leva muitos docentes a repetir sempre o mesmo pedido: A produção de Texto falando sobre as férias. Tema praticamente desconhecido para muitos, pois a maioria, só não vai à escola, no mais a rotina continua a mesma. Não tem nenhuma novidade para escrever. E, para sentir na pele o que é falar sobre algo desconhecido, listou as palavras: muxuango, hermeneuta, vituperado, defenestação, perfunctório, falácia, ignóbil, sibilino, uxoricídio, apoplexia.

          A orientação era produzir um texto sem consultar o dicionário, caso não conhecesse o significado das palavras. Deduzindo o sentido de cada uma produzimos:

           Ignóbil viu-se muxuango diante daquela defenestação. A falácia da qual havia sido vítima não lhe permitia nem mesmo ser o hermeneuta que sempre pensou ser. Vituperado saiu em busca do autor daquele perfunctório. Restava a ele pouco tempo, pois a apoplexia a cada dia tornava-se mais constante e, na caixa de sibilino restava apenas um comprimido. Se não se apressasse, recorrer ao uxoricídio seria sua única opção.

(grupo: Luisa, Valéria, Luciane, Claudemir, Cláudia, Ana Raquel)

          O dia ainda não terminou. A professora sorteou uns papéis com nomes de pessoas conhecidas (artistas) e pediu que em duplas escrevessem algo ao estilo daquela pessoa. A nossa foi Luciano Huk e elaboramos o texto:

          Passando pela lagoa Rodrigo de Freitas avistei um homem com meu rolex no braço. Não tive dúvidas, corri lá e peguei meu relógio de volta e me mandei. Loucura, loucura, loucura! Booooa Taaarde Caaaldeirão. (: Joelygia e Ana Raquel)


Atividade realizada a partir do poema
“Traduzir-se”
Ferreira Gullart


          Era uma Atividade individual. Cada um teria que traduzir através da linguagem verbal e não-verbal algo o caracterizasse. Nesse momento, estava febril e com dores, mas não tinha a mínima vontade de deixar a sala de aula, pois tudo ali era produtivo e não queria perder nem um minuto. Parodiando, mais ou menos, Ferreira Gullar; escrevi:


Uma parte de mim



Pesa, pondera:



Outra parte



Delira.







Traduzir uma parte



Na outra parte



- que é questão



de vida ou morte-



Sem arte.





           E na linguagem não-verbal desenhei um coração dividido, que desejava ficar presente e ao mesmo tempo ausentar-se.






          Quinto dia, exploração da linguagem não-verbal. Para isso foi-nos apresentado vários textos a exemplo de “O mundo como uma bomba” gêneros publicitários, misturando a linguagem verbal e não-verbal e muitos outros.

          Realizamos a avaliação do curso e creio que o resultado foi muito bom pois, foram dias em que aprendemos muito e reformulamos conceitos.


Ji-Paraná 10-08-2009/14-08-200
2ª Semana

          Cidade de Ji-Paraná, estado de Rondônia. 10 de agosto de 2009. Cerimonial. Boas vindas.            Presença de Profissionais da Educação. 2º encontro de capacitação do Gestar II de Língua Portuguesa. Reencontro. Contentamento. Expectativas. Começo com o filme “O sabor e o Saber”. Reflexões sobre o ensinar e o aprender, o aprender a aprender. Que caminho tomar para não tornar-se obsoleto? Corre-se esse risco? Há quem aposta que sim. Existem alternativas. Para isso o evento. Buscar novos, novos caminhos.

          A professora Aya cumprimentou a todos e falou sobre a programação da semana. Informou sobre os critérios para a certificação e para o recebimento da bolsa. Está vinculada à competência administrativa e àquele ao pedagógico. Algumas fichas foram preenchidas com informações necessárias aos processos administrativos e pedagógicos. Parabenizou pelo sucesso dos blogs, acrescentando que têm ajudado na divulgação do Gestar.

          Continuando os formadores fizeram os relatos dos trabalhos realizados até o momento: sucesso, aceitação, dificuldades, estratégias para envolver os cursistas, etc. Alguns mais, outros menos, mas os relatos eram de senso comum. Em tudo o que se falou e ouviu, há a empolgação e a esperança de estar no caminho certo.

          Os trabalhos privilegiaram a socialização de textos, os mais variados gêneros textuais, demonstrando a necessidade, do aluno em conhecê-los, para ter a noção do que produz em qualquer dimensão textual. Foi do provérbio ao argumentativo e sucessivamente... À medida que os gêneros foram apresentados, os grupos recebiam uma atividade para realizar e socializar com a turma. ( do provérbio ao argumentativo- anexo).

          Realizamos atividades referentes aos cadernos de teoria e prática, socializamos opinamos e sugerimos sobre os assuntos relacionados a eles. Vimos a formalidade e a informalidade dos gêneros. Padrões existem, mas não modelos. Fatores fora do texto também devem ser observados como: hierarquia, ideologia, contexto, etc. O cuidado na escolha das palavras. Como dirigir-se ao superior e ao subordinado. Realizamos reescrita de texto seguindo alguns critérios. Ampliamos frases, coletivamente, acrescentando classes gramaticais, atentando para o uso dos conectores. (exemplo em anexo). Ampliação do vocabulário. Baralho de Figuras para a construção de textos usando ou não os conectivos.

          Assistimos o filme “Vidas em Português” em que pessoas de países que falam a língua portuguesa, dão depoimentos sobre a língua, formas de pensar e encarar a vida, a cultura. Vê-se que a mesma língua une e separa as pessoas, não uniformidade, diferencia conforme a região , entre outros.

          A proposta de atividade foi: Redigir um texto argumentativo relacionando língua, cultura e práticas sociais – Língua e exclusão. Nosso grupo foi ousado, escreveu uma carta ao presidente Lula... (Se não acredita, leia no anexo.)

          Uma atividade muito interessante foi o passeio pelos contos de fada. Teve filmagem e tudo. Espero que os responsáveis pelas gravações, não esqueçam de repassá-los. Não é sempre que somos “obrigados” atuar.





Anexo

Texto Argumentativo

          Já pensou ficar mais bonita ainda e ganhar uma viagem?

          Avura já!

          Compre um baton Avura e concorra uma viagem para Itália com acompanhante.

           Conheça os novos lançamentos. Veneza, Monza, Monaliza.



Ampliação do Vocabulário

          O rato roeu a roupa do rei de Roma.

          O raquítico rato Renato roeu ruidosa e rapidamente a rara roupa rendada do rotundo rei Raul Ramão Ramirez da Rocha. Rindo, a renomada e rica rainha Rosa da Régia Roma, resolveu remendar o resto da roupa roída. Retrucando, o revoltado rei, retificou rigorosamente o regulamento restringindo a regalia dos ratos.


Ji-Paraná, 13 de agosto de 2009.

Excelentíssimo Presidente

          Como educadores na área da Linguagem e códigos e cientes das políticas educacionais implementadas pelo Ministério da Educação, sentimo-nos honradas pelo privilégio de poder contribuir para essa causa que é a de alcançarmos uma educação de qualidade para todos, como tem primado o nosso Ministro Fernando Hadad.

           As políticas de formação continuada em serviço, proposta prevista nas leis que regem o ensino chegaram a nós e fez com que sentíssemos a necessidade de estar sempre atualizando nossos conhecimentos e dar o melhor de nós por esta causa. Portanto, gostaríamos de abordar um dos aspectos do seu perfil que tem causado muita polêmica nos meios jornalísticos: o uso que Vª. Exª. faz da linguagem.

           A mídia tem publicado com destaque trechos de sua fala que são considerados inadequados à sua posição de representante máximo de uma nação.

           Queremos agora externar nossa opinião: Sabemos que a língua como organismo vivo se modifica através dos tempos e é inconcebível que algo vivo se mantenha imutável, e nós, como mediadores do ensino da língua materna, ensinamos aos nossos alunos que não existe jeito de falar certo ou errado. Existe sim, adequação da linguagem à situação de fala do usuário, Senhor Presidente.

           Então, sugerimos ao Senhor, que é o expoente máximo da nação e exemplo para tantos brasileiros, que reflita se está sendo coerente no uso da língua nos discursos que faz, para quem faz e onde faz, tomando mais cuidado nas construções de suas metáforas, e também, com seu vocabulário.

           Afinal, o presidente Lula ganhou as eleições e popularidade por suas idéias e seus objetivos, e não, como equivocadamente pensam, pelo uso inadequado que faz da linguagem que ao contrário, serve de chacota para os críticos de plantão.

          Gratos pela atenção,

          Respeitosamente,
(Grupo: Valéria, Luíza, Claudemir, Ivone, Ana Raquel)
Ji-Paraná 26-11-2009/27-11-2009



3ª Semana

            Terceiro encontro. Momento de socialização dos trabalhos realizados pelos formadores em seus municípios. O reencontro foi agradável, pois já construímos um vínculo de amizade muito forte e sempre aprendemos com as experiências vividas por cada um. Dividimos tudo que aprendemos, o que fizemos como formadores e voltamos enriquecidos com a troca de experiências. Foram dois dias de muito proveito. Pena que era o final da capacitação e não temos a menor ideia de quando reuniremos outra vez.

           Deixamos a cidade com o coração apertado, pois sentiremos saudade desses momentos. E, para nossa “professorinha” o nosso afetuoso abraço e a certeza que nada acontece por acaso. Foi providencia
Divina esse encontro. Que Deus continue ao seu lado, abençoando e dando graça para que leve o mesmo carinho que dedicou-nos, a outros.


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